sábado, 12 de dezembro de 2009

"A experiência é uma escola onde são caras as lições, mas em nenhuma outra os tolos podem aprender"
Benjamim Franklin
A saudade já é grande por isso vamos dividir mensagens de otimismo...


Um dia a gente aprende que...

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

Este texto é meu mestre André Gattaz (quando eu crescer quero ter esta inteligência...)RSRSRSRSRSRS quero dividir com meus filhos...
Se refere a escolha de Obama para o Nobel da Paz...

No mínimo, foi surpreendente a escolha de Obama para o Prêmio Nobel da Paz. Negativamente surpreendente. Se bastasse um punhado de belos discursos para garantir a paz mundial, esta já teria sido obtida há muito tempo. E mesmo que a prática do novo governo estadunidense correpondesse à retórica, nove meses não seriam tempo suficiente para se avaliar as reais conseqüências do “novo clima na política internacional” a que se refere o comunicado do Comitê do Nobel. Geralmente os prêmios são concedidos a indivíduos ou instituições que concretizaram algo efetivo no caminho da paz, e não apenas aos portadores de boas intenções. E ainda se estas fossem boas! A verdade é que a concessão do prêmio a Obama esconde o fato de que atualmente ele é o responsável por algumas das mais violentas guerras que ocorrem no mundo, tendo responsabilidade ainda pela omissão na solução de outros conflitos. O fato de sua personalidade ser mais decente do que a de seu antecessor não deve servir para distorcer o fato de que ele ainda é o comandante-chefe de um império belicista e unilateralista.
Na mesma semana em que recebeu o prêmio, Obama reuniu-se com seu conselho de guerra para decidir os rumos da guerra no Afeganistão. Uma das medidas que Obama irá adotar é o aumento do número de soldados no país, assim como dos “seguranças terceirizados”, responsáveis por grande parte das ações violentas contra a população civil afegã (o número destes já aumentou em 30% em relação ao início do ano). A guerra completa oito anos, e não há perspectiva de que irá terminar tão cedo. O desejo estadunidense em controlar os oleodutos daquela região e a tacanhez de sua política externa fazem do entorno do Mar Cáspio um poço sem fundo para os militares estadunidenses. A saída seria diplomática e econômica, e não militar.
Os oficiais estadunidenses também estão debatendo opções para expandir a guerra no Paquistão. A embaixada dos EUA em Islamabad, uma das maiores do mundo, vem sendo preparada para se tornar o quartel general para as “ações pontuais” realizadas pelos comandos do império. Também no Paquistão o governo estadunidense utiliza-se dos serviços de “segurança terceirizada” para “buscar e capturar terroristas” (e, na maioria das vezes, aterrorizar a poulação civil). Para simplificar, voltarei a me referir a estes soldados subcontratados pelo substantivo que melhor os caracteriza: mercenários.
No Iraque, a “retirada das tropas” proposta pelo recém-laureado presidente esconde o plano de confiar plenamente nas empresas terceirizadas de segurança para aumentar a presença militar estadunidense no país, compensando a retirada de soldados (destinada a ganhar o apoio interno, e quem sabe mesmo, algum prêmio como pacifista...). Nesse ano houve um aumento de 23% no número de mercenários trabalhando para o governo estadunidense no Iraque. Estes já respondem por aproximadamente 50% da força estadunidense no Iraque e no Afeganistão – cerca de 243.000 subcontratados com impunidade para humilhar e matar os árabes e muçulmanos.
Finalmente, na Palestina evidencia-se o maior fracasso da “nova política multilateral e pacifista” do novo presidente estadunidense. Com a recusa em condenar a selvageria israelense em Gaza ou em efetivamente impedir a contínua ocupação israelense dos territórios palestinos por meio da construção de novos assentamentos, Obama deu carta branca ao governo ultra-reacionário sionista para prosseguir seus planos de guetização e ocupação permanente da Palestina. A cada dia uma solução de compromisso torna-se mais difícil na região, e a inação do novo detentor do Prêmio Nobel é uma das maiores responsáveis pela manutenção do estado de coisas, tendo como desígnio final a total subissão e desumanização do povo palestino.
Enfim, se alguns discursos e projetos de Obama lhe garantiram o prêmio Nobel da Paz, reivindico meu Prêmio Nobel de Literatura pelas obras-primas que gostaria de escrever. E pelas postagens desse blog.

domingo, 16 de agosto de 2009

No início do século XIX, a população maranhense era composta de escravos e de sertanejos miseráveis, enquanto o poder estava nas mãos de proprietários rurais e comerciantes.

Tudo isso fez com que a revolta e a insatisfação popular se agravasse, principalmente depois que políticos conservadores tentaram aumentar os poderes dos prefeitos.

A revolta popular transformou-se em um movimento que foi capaz de mobilizar a classe marginalizada da sociedade. O início da revolta foi no dia 13 de dezembro de 1838, quando um grupo de vaqueiros liderados por Raimundo Gomes invadiu a cadeia local para libertar alguns companheiros que tinham sido presos.

Com o sucesso da invasão e ajudados pela Guarda Nacional os vaqueiros tomaram conta do lugarejo.

A Balaiada representou a luta popular contra as desigualdades e injustiças da sociedade da época (sociedade escravista).

Toda essa insatisfação e revolta uniram cada vez mais a classe marginalizada da sociedade.

A balaiada teve sua origem no confronto entre duas facções: cabanos (conservadores) e bem-te-vis (liberais). Os membros destes dois partidos pertenciam à classe alta do Maranhão.

Até 1837, o Maranhão foi governado pelos liberais (bem-te-vis); porém, com a ascensão de Araújo Lima como regente e a vitória dos conservadores no governo central do Rio de Janeiro, os conservadores (cabanos) do Maranhão conquistaram o poder e afastaram os bem-te-vis do governo.

Enquanto esses dois grupos brigavam entre si, Raimundo Gomes levava a revolta para o Piauí e em 1839 contava com a participação de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios – cestos de palha). Daí o nome do movimento.

Toda a agitação que a revolta causou, beneficiou os bem-te-vis, pois isso refletia de forma negativa na administração dos cabanos.

A rebelião continuava até que em julho de 1839 os balaios tomaram a vila de Caxias (segunda cidade da Província do Maranhão).

Com a gravidade da situação, bem-te-vis e cabanos começaram a se unir para dar início à repressão contra os balaios. Começaram, então, a subornar os rebeldes, com a finalidade de desmoralizar o movimento. A tática deu certo e em 1839 o governo central nomeou o coronel Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) presidente da província e comandante de todas as forças repressivas do Maranhão.

Como 1ª medida, o novo presidente pagou os atrasos aos militares, reorganizou as tropas e começou a atacar e a cercar os redutos balaios, que estavam enfraquecidos, devido às deserções e a perda do apoio passivo dos bem-te-vis.

A anistia decretada em agosto de 1840, provocou a rendição imediata de cerca de 2500 balaios. Quem resistiu foi, logo em seguida, derrotado. Estava terminada a Balaiada.

Em maio de 1841, Luís Alves de Lima e Silva fez uma avaliação positiva da sua atuação e com essa atitude dava por encerrada a sua missão

A Sabinada foi uma das menores revoltas populares no período regencial, que aconteceu na Bahia, durante os anos de 1837 a 1838.

O clima político na capital baiana ficou pior quando o Padre Feijó renunciou ao governo, e a apresentação da Lei de Interpretação do Ato Adicional. Tudo isso desagradou a classe média, representantes das oligarquias rurais e o setor militar. Eles então criaram uma república temporária, que iria governar a Bahia até que D. Pedro II alcançasse a maioridade (15 anos).

O líder dessa revolta foi o médico Francisco Sabino da Rocha Vieira (daí o nome Sabinada), que junto das tropas militares locais, expulsou as autoridades locais.
Uma importante peça foi a presença de Bento Gonçalvez, que estava preso em Salvador, por liderar a revolução farroupilha.

Mas as ações dos grupos rebeldes foram poucas, conseguiram apenas conquistar alguns quartéis. Isso facilitou a repressão do governo, comandada pelo marechal-de-campo Crisóstomo Calado, que combateu severamente os desordeiros. Francisco Sabino foi exilado na província de Mato Grosso.

Também chamada de Revolução Farroupilha, a Guerra dos Farrapos foi o mais importante conflito regencial. Durou 10 anos (1835 – 1845) e a paz só chegou no governo de D. Pedro II.

Os objetivos dos farroupilhas eram:

- Pagar menos impostos;
- Queriam que o governo central aumentasse as taxas alfandegárias sobre o charque (carne-seca), o sebo e o couro;

O charque, além de ser o principal alimento dos escravos e dos pobres, também era o principal produto da economia gaúcha.

Os comerciantes do sudeste (dominados pelos latifundiários do centro e norte) compravam charque mais barato do Uruguai e da Argentina. Os uruguaios e argentinos vendiam barato, porque a mercadoria era produzida com mão-de-obra livre.

A concorrência não agradava os fazendeiros gaúchos que pagavam maiores impostos do que os estrangeiros.

Por causa dos impostos, a classe dominante do Rio Grande do Sul apoiava os ideais dos federalistas (chamados de farroupilhas) que queriam diminuir o poder do centro e aumentar a autonomia provincial.

Em 1834, nas eleições para assembléia provincial, os federalistas eram a maioria e isso dificultou as relações com o presidente da província (nomeado pelo imperador).

Um grande proprietário chamado Bento Gonçalves, assumiu o comando do exército farroupilha (formado por fazendeiros e peões) e pouco tempo depois ocuparam Porto Alegre iniciando a guerra.

O governo imperial, então, convocou Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias) para combater e derrotar os farroupilhas.

O Rio Grande do Sul se rendeu; mas, conseguiram que as taxas alfandegárias sobre o charque fossem aumentadas.

Apesar do nome, os farrapos não eram esfarrapados, o movimento, na verdade, foi liderado por fazendeiros criadores de gado bovino.

A cabanagem foi uma revolta que aconteceu no norte brasileiro, no Grão-Pará, o estado que continha os atuais Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Rondônia. Tinha como objetivo aumentar a importância que o Pará tinha para o Brasil, melhorar a condição de vida do povo (isso mesmo!), que vivia em cabanas de barro (daí o nome da revolta) e tirar do poder dos governadores da província, que na maioria das vezes, nunca tinham ido à região.

Faziam parte da conspiração índios, mestiços e pessoas da classe média. Tomaram por duas vezes, o controle de Belém, capital da província. Na primeira vez, em agosto de 1835, liderados por Félix Melcher e Francisco Vinagre, as forças do governo recuperaram o poder, através de ataques de mercenários estrangeiros, e com uma ajuda dos próprios lideres, que muitas vezes entravam em desacordo.

Logo após, os cabanos que se encontravam no interior se movimentaram para a capital, tomando o poder novamente. O chefe dessa segunda investida foi Eduardo Angelim, que, apesar de ser da classe média, favorecia demais os pobres, causando estranheza e abandono dos outros líderes, culminando com o fim de seu governo, que foi de agosto de 1835 a abril de 1836.
O governo reprimiu duramente os cabanos, fazendo vários massacres. O movimento ficou ativo entre 1836 e 1840, no interior da amazônia, por meio de guerrilhas, mas não conseguiram maiores feitos.

Ao final, cerca de 30 mil pessoas haviam morrido, uma grande parcela da população. Belém ficou destruída, com vários prédios e casas queimadas.

Com a abdicação de D. Pedro I, considerando o fato do príncipe herdeiro ter apenas 5 anos de idade, era necessária, segundo a Constituição, a eleição de três membros pela Assembléia Geral (Senado e Câmara dos Deputados), que formariam uma Regência, para ocupar o lugar do príncipe herdeiro até que o mesmo atingisse a maioridade. No entanto, naquele dia 7 do mês de abril (mesmo dia da abdicação de Pedro I) de 1931, os parlamentares estavam de férias. A solução encontrada pelos parlamentares presentes na capital, na época o Rio de Janeiro, foi a eleição de uma regência provisória.

O Período Regencial (1831 – 1840) pode ser dividido em duas partes: a Regência Trina (Provisória e Permanente) e a Regência Una (1834-1840). Nesse período, a Assembléia era composta por três grupos: os moderados (maioria na Assembléia, representavam a elite e defendiam a centralização do poder); o restauradores (defendiam a restauração do Imperador D. Pedro I); e os exaltados (defendiam a descentralização do poder).

A Regência Trina Provisória, eleita em abril, ficou no poder até julho, e era composta pelos Senadores: Nicolau de Campos Vergueiro (liberal moderado), José Joaquim Carneiro Campos (representante dos restauradores) e brigadeiro Francisco de Lima e Silva (dos mais conservadores do Exército).

A Regência Trina Permanente foi eleita em julho de 1831, pela Assembléia Geral. Seus integrantes foram: deputado José da Costa Carvalho (moderado), João Bráulio Muniz e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva, que já era integrante da Regência Trina Provisória. Como ministro da justiça, é nomeado o padre Diogo Antônio Feijó.

A situação política no país diminuía a governabilidade. Restauradores e exaltados faziam oposição aos regentes. Para conter os excessos, Diogo Antônio Feijó criou, ainda em 1831, a Guarda Nacional, formada por filhos de aristrocatas moderados.

No entanto, conflitos separatistas eclodiram a partir de 1833. O primeiro foi a Cabanagem (Pará), à qual seguiram: a Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul), a Revolta dos Escravos Malês e a Sabinada (Bahia); Balaiada (Maranhão).

Em 1834 a situação política foi alterada com a morte de D. Pedro I. Os posicionamentos políticos mudaram, de modo que a Assembléia ficou dividida entre Progressistas (defendiam o diálogo com os revoltos) e os Regressistas (defendiam a repressão as revoltas).

Em 12 de agosto de 1834, a Regência Trina Permanente assinou um Ato Adicional, que por suas medidas foi considerado um “avanço Liberal”. Uma dessas medidas substitui a Regência Trina pela Regência Una.

Os candidatos mais fortes que concorreram ao cargo de regente único foram: Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti (conservador) e padre Diogo Antônio Feijó (liberal), sendo que o vencedor foi Feijó, por uma pequena diferença de votos. Empossado em outubro de 1835, para um período de 4 anos, Feijó renuncia em setembro de 1837, com menos de dois anos de mandato. Os conflitos separatistas, o isolamento político e a falta de recursos foram os motivos que o levaram a renuncia.

A Segunda Regência Una leva a marca dos conservadores. Aproveitando o desgaste dentre os liberais, os conservadores elegeram Pedro de Araújo Lima como regente único em 19 de setembro de 1837. O poder central é fortalecido. A Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1834, aprovada em maio de 1840, representa um retrocesso para os liberais, que, sem saída, articulam o Golpe da Maioridade.

Os conflitos e tensões aumentaram a instabilidade política, levando a elite agrária a preferir o retorno da monarquia, a centralização do poder. Os liberais, por sua vez, criaram o Clube da Maioridade, e lançaram uma campanha popular pró-maioridade de Dom Pedro. Com a opinião pública a favor, a constituição é transgredida em 1840, pois D. Pedro é declarado maior de idade, aos 14 anos. Os objetivos, tanto dos Progressistas quanto dos Regressistas, era de governar por meio da manipulação do jovem D. Pedro II, assim intitulado quando assume o governo, em julho de 1840

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Aula 08/05/2009

O Afeganistão hoje é um país devastado por anos de guerra, miséria e governo opressor. Antes do Talibã tomar o poder, o Afeganistão era um país tradicional onde as mulheres muitas vezes desempenhavam papéis subordinados. Mesmo assim, antes da invasão soviética em 1979, as mulheres compunham:
74 por cento de todos os professores;
40 por cento de todos os médicos;
e 30 por cento de todos os funcionários do governo.
A última Loya Jirga (conselho nacional), realizada no Afeganistão, em 1977, tinha 11 membros mulheres.
Antes dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, oficiais dos EUA opunham-se à subjugação das mulheres pelo Talibã através de reuniões com talibãs para pedir moderação, além de trabalhar com outros países, tanto bilateralmente quanto multilateralmente, para refrear os excessos do Talibã. Mais recentemente, o governo, liderado pelo presidente e a senhora Bush e o secretário de Estado Powell, vem falando duramente da necessidade de restaurar o papel adequado das mulheres na sociedade do Afeganistão.
A vida sob o Talibã
A guerra afegã contra a União Soviética e a guerra civil que se seguiu causaram a devastação do país, milhões de mortes e a fuga de outros milhões de refugiados, principalmente para o Paquistão e o Irã. No caos resultante, as condições da mulher deterioraram-se drasticamente. O Talibã tomou o poder em 1996, em parte alegando que restauraria a ordem no país. Entretanto, o regime Talibã logo começou a aplicar uma série de leis ultra-conservadoras, muitas das quais reprimiam os direitos humanos das mulheres, por exemplo:
A maioria das mulheres foi proibida de trabalhar fora de casa.
Meninas acima de oito anos não podiam receber educação.
O acesso a tratamentos médicos foi severamente restringido.
Foram aplicados um código de vestuário restritivo e atitudes brutais.
As mulheres eram proibidas de sair de suas casas a não ser que estivessem acompanhadas de um parente do sexo masculino.
Após o Talibã
Após a derrota do Talibã, em novembro de 2001, pela coalizão internacional liderada pelos EUA, a situação das mulheres afegãs começou a melhorar. As mulheres agora podem viajar com maior liberdade nas cidades e estão começando a voltar a trabalhar para o governo (como professoras nas escolas e como funcionárias dos ministérios) e para organizações internacionais e não governamentais (ONGs). Pela primeira vez em anos as mulheres têm maior acesso a estabelecimentos de saúde. E talvez o mais importante de tudo, meninos e meninas voltaram a freqüentar a escola.
O Acordo de Bonn
Em dezembro de 2001, representantes de muitas facções afegãs reuniram-se em Bonn e assinaram um acordo que afirma a importância de princípios democráticos e dos direitos humanos em suas determinações provisórias. Isso inclui a proteção dos direitos da mulher. O acordo de Bonn também estabelece que a Autoridade Provisória Afegã (AIA) governará até que seja estabelecido o Governo de Transição pela Loya Jirga de emergência em junho de 2002. Com o forte encorajamento dos Estados Unidos, duas mulheres foram indicadas para a AIA: Sima Simar, vice-presidente e ministra dos assuntos da mulher, e Suhalla Siddiqi, ministra da Saúde Pública. O Acordo de Bonn também estabelece a criação de uma comissão de 21 membros para organizar a Loya Jirga de emergência. Três mulheres foram indicadas para essa comissão e um número significativo de mulheres comparecerá a essa importante reunião de conselho nacional.
Participação política
Através de doações a ONGs, os EUA contribuíram com os esforços para ajudar as mulheres afegãs a melhorarem o ambiente dos direitos humanos das mulheres, a lidarem com as violações sistemáticas e a aumentarem sua participação no processo político. Os EUA desenvolveram programas semelhantes em Peshawar, no Paquistão, onde centenas de refugiadas afegãs receberam treinamento e formaram grupos de mulheres para lidar com a segurança e problemas de aplicação da lei. A ajuda dos EUA também permitiu a participação de mais de 500 refugiadas afegãs em uma Loya Jirga de mulheres sobre a reconstrução do Afeganistão e ajudou as delegações de mulheres afegãs a participarem de reuniões internacionais em Bonn e Bruxelas.
No início deste ano, a Agência Norte-Americana para Desenvolvimento Internacional ofereceu assistência a diversas ONGs na abertura de escritórios em Cabul. Um escritório está oferecendo treinamento vocacional para mulheres afegãs enquanto outro concentra-se em treinar refugiadas com habilidades para empregos. Esses escritórios também facilitam alianças entre grupos de direitos das mulheres afegãos e paquistaneses para ajudar refugiadas afegãs e grupos paquistaneses a lidarem com o extremismo religioso na região.
Segurança
A insegurança no Afeganistão atrapalha o processo de reconstrução. A situação no Afeganistão ainda é instável, em parte devido à situação política e militar fluida. Questões de segurança que o Afeganistão enfrenta, especialmente em áreas remotas, incluem:
Operações militares;
Minas terrestres;
Banditismo.
Para enfrentar esses desafios, o governo dos EUA estão ajudando os afegãos:
ajudando os próprios afegãos a estabelecerem a segurança em seu país;
caçando o restante dos combatentes do Talibã e da Al Qaeda;
ajudando a Força Internacional de Segurança (quando o renovação do mandato da ISAF acontecer em junho, os EUA apoiarão sua extensão até o fim deste ano);
ajudando no treinamento de um exército afegão;
contribuindo para o treinamento e equipagem da polícia afegã;
usando forças especiais e equipes de assuntos civis para ajudar comandantes locais a lidarem com questões controversas e desencorajar o conflito entre as ordens.
Enquanto isso, as mulheres continuam a ser cautelosas ao viajarem fora das cidades e muitas continuam a usar a burka (vestimenta tradicional em muitas partes do Afeganistão) quando saem de suas casas, tanto nas cidades quanto no interior.
Minas terrestres
O Afeganistão é um dos países mais afetados pelas minas terrestres no mundo. O Departamento de Estado calcula que existam quatro milhões de minas terrestres ativas no país. O número de vítimas de minas terrestres chega a aproximadamente 200 por mês. As minas terrestres:
impedem as crianças de freqüentarem escolas;
impedem a aproximação em poços artesianos;
são um obstáculo para o transporte de comércio em estradas e pontes;
impedem que a terra seja arada;
instila um trauma psicológico profundo nos indivíduos que correm riscos.
Os EUA vêm oferecendo ajuda para a retirada de minas e treinamento sobre risco de minas terrestres ao Afeganistão desde 1989; essa ajuda continuou mesmo durante os anos de governo Talibã. Desde 1993, essa ajuda totaliza a quantia de mais de US$ 28 milhões. Este ano, os EUA destinaram mais sete milhões de dólares para ajudar a retirada de minas e esforços de treinamento sobre risco de minas terrestres.
O governo dos EUA também destinaram US$ 700 mil para conduzir duas pesquisas sobre nova contaminação por minas terrestres e artefatos não desarmados e sobre a condição nacional em termos de incapacitados e feridos. Essas pesquisas ajudarão funcionários humanitários a evitar outros ferimentos em populações de refugiados e deslocados de guerra e a orientar a retirada das minas e programas de ajuda a vítimas.
Combate aos narcóticos
O Departamento de Estado destinou seis milhões de dólares do orçamento do ano fiscal de 2002 e seis milhões de dólares do orçamento do ano fiscal de 2003 para esforços de combate aos narcóticos no Afeganistão. Além disso, o Departamento pediu recursos suplementares para o combate aos narcóticos, treinamento de polícia e administração de justiça, desenvolvimento de programas e apoio para:
gerar empregos alternativos em áreas de plantação de papoula;
ajudar a erradicação da papoula do ópio;
promover programas de agricultura alternativa;
ajudar a estabelecer um escritório de coordenação de controle de drogas;
contribuir com o esforço liderado pelos alemães para oferecer treinamento, equipamento e instalações básicos para uma força nacional de polícia;
oferecer treinamento para funcionários do sistema judiciário e legal.

domingo, 19 de abril de 2009

mais atualidades

No dia 11 de setembro de 2001, três aviões norte-americanos mudaram o rumo da história. Os atentados contra o World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nos arredores de Washington, provocaram a morte de aproximadamente 3.700 pessoas e reforçaram o cerco de preconceitos e mal-entendidos em torno da segunda maior religião do mundo: o Islã.
Todos os países muçulmanos e seus principais líderes religiosos condenaram as ações terroristas. "Matar homens, mulheres e crianças inocentes é um ato horrível que nenhuma religião monoteísta aprova e que é rejeitado por todo espírito humano são", afirmou o xeque Muhammad Sayyd Tantawi, da Universidade de Al Azhar (fundada no século 10, no Egito), a mais prestigiosa instituição teológica sunita.
Apesar disso, o saudita Ussama bin Laden, acusado de orquestrar os ataques, e defensores da confusa e frágil teoria do "choque de civilizações" anunciaram tratar-se de um embate entre o Islã e o Ocidente, como se fosse possível reduzir conceitos complexos --e, por isso, temas de divergências-- a dois campos excludentes. As tentativas de polarizar o conflito logo renderam resultados. O discurso maniqueísta do presidente George W. Bush, que anunciou uma "luta do bem contra o mal", a aprovação em Washington de leis que permitem a detenção de estrangeiros com base em critérios puramente étnicos ou religiosos e as declarações do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, sobre a "superioridade da civilização ocidental" serviram de pretexto para ações de xenofobia e intolerância religiosa.
Nos Estados Unidos, estrangeiros confundidos com muçulmanos foram assassinados porque tinham feições árabes ou usavam turbante --entre eles, um indiano sikh e um egípcio copta (cristão). A ignorância sobre o islamismo nesse caso foi fatal. Vinte e cinco dias após os atentados, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas já registrava 1.500 atos de hostilidade contra muçulmanos. As vítimas islâmicas dos atentados à Costa Leste norte-americana --entre 600 e 1.400, segundo estimativas-- praticamente não foram citadas. Rahma Salie, de 28 anos, grávida de sete meses, estava no vôo da American Airlines que ia de Los Angeles a Boston no dia 11. Salie morreu no atentado, e o FBI --a polícia federal dos EUA - incluiu seu nome, que soa islâmico, numa "lista de observação" de pessoas com possíveis conexões terroristas. Mais tarde, ela foi retirada da listagem, mas não antes de que vários de seus parentes tivessem sido impedidos de tomar um avião quando tentavam viajar para Boston a fim de participar das cerimônias fúnebres.
Questionado por um jornalista norte-americano sobre como se sentia ao compartilhar da religião dos terroristas que atacaram o World Trade Center, o pugilista Muhammad Ali - nome adotado por Cassius Marcelus Clay após sua conversão - respondeu: "E você, como se sente professando a mesma fé que Hitler?"
Generalizações indevidas caracterizam, na maior parte das vezes, a visão que o Ocidente tem do islamismo; e vice-versa. Supostos especialistas, que nunca estiveram nas sociedades que analisam nem jamais abriram o Alcorão, contribuem para uma interpretação quase sempre enviesada dos vários mundos muçulmanos. Quem foi a dois ou três países dessa órbita compreende que eles são bastante diversos.
O Islã não é um bloco monolítico, nem muito menos estanque. Religião predominante no Oriente Médio e em vastas porções da África e da Ásia, reúne hoje cerca de 1,3 bilhão de pessoas, de diferentes origens étnicas, culturais e sociais. São árabes, iranianos, afegãos, paquistaneses, turcos, chineses, indonésios (89% dos 204 milhões de habitantes do maior país muçulmano), africanos, europeus e americanos. Participam da Organização da Conferência Islâmica, que pretende "assegurar o progresso e o bem-estar de todos os muçulmanos do mundo", 56 Estados . A presença dos muçulmanos se faz notar cada vez mais na Europa, onde são por volta de 15 milhões, sobretudo na França (5 milhões). Nos Estados Unidos, com seus 7 milhões de muçulmanos, o Pentágono permite aos soldados jejuar no mês sagrado do Ramadã, libera os praticantes para rezar as cinco orações diárias e põe à disposição alimentos em concordância com os preceitos islâmicos.
No Brasil, muçulmanos organizaram o principal levante urbano contra a escravidão na América --a Revolta dos Malês, em 1835. Atualmente, o país possui cerca de 1,5 milhão de adeptos, muitos sem ascendência árabe.
A palavra "islamismo", ou "Islã", vem de Islam, que significa "submissão [a Deus]". A raiz (slm, em árabe) é a mesma que originou "muçulmano" (de muslim, "aquele que se submete a Deus") e salâm ("paz"). A doutrina islâmica se baseia no livro sagrado Alcorão e nos atos, ditos e ensinamentos de Muhammad 2, considerado o último mensageiro enviado por Deus. Os muçulmanos acreditam nos profetas anteriores a ele, inclusive Jesus Cristo. O islamismo não nega o judaísmo nem o cristianismo, mas se considera a religião que completa as mensagens anteriores e sela o período das profecias numa síntese final.
Os muçulmanos crêem num único Deus (Allah, termo usado também por árabes cristãos), onipotente, que criou a natureza por meio de um ato de misericórdia. Consciente da debilidade moral da humanidade, Deus enviou profetas à Terra. Adão foi o primeiro e recebeu o perdão divino --o islamismo não aceita a doutrina do pecado original.
A visão que países como França, Reino Unido e, mais recentemente, Estados Unidos apresentam do Oriente Médio --berço do Islã - muitas vezes visa referendar práticas político-econômicas de cunho colonialista. Conceitos difundidos por orientalistas, como "mentalidade árabe" e "caráter tipicamente islâmico", por exemplo, são fruto de ignorância, ingenuidade ou má-fé deliberada, além de um complexo de superioridade que está no cerne de historiografias infelizes. Essa mistificação também serve de base, com freqüência, para intervenções militares que poderiam ser evitadas com uma análise mais profunda.
A absoluta maioria das escolas da Europa e da América - Brasil incluso - não dedica nem sequer uma aula ao Islã. Quando o presidente George W. Bush deu um rosto árabe e islâmico ao terrorismo, ao incluir exclusivamente muçulmanos em sua lista de "procurados", e anunciou uma nova "cruzada", reproduziu o que Hollywood mostrava bem antes do trágico 11 de setembro. Em filmes norte-americanos como Nova York Sitiada (The Siege, em que a comunidade árabe da cidade é aprisionada em campos de concentração para evitar atentados) e centenas de outros, os muçulmanos são retratados como seres irracionais que precisam ser domesticados e podem ser facilmente exterminados.
É fato que alguns países de maioria islâmica possuem grupos extremistas, em geral com uma motivação de fundo político, especialmente a ocupação israelense de territórios palestinos, que "inspira" movimentos no mundo inteiro. Basta, porém, espelhar-se no multiculturalismo que floresceu na península Ibérica durante os quase nove séculos de influência árabe e muçulmana (a partir de 711), entre outros exemplos, para compreender que tolerância e islamismo são compatíveis.
O fundamentalismo, conceito surgido entre protestantes norte-americanos (em algumas cidades do sul dos EUA, o ensino do darwinismo ainda é proibido), e o extremismo não são exclusividade de muçulmanos. Envolvem também cristãos, judeus, hindus e budistas.
A Europa e os Estados Unidos podem optar por uma permanente paz armada, sob a égide da "justiça infinita" preconizada por Bush e da inevitável ressuscitação da Guerra Fria, ou por uma revisão completa das relações com os muçulmanos que priorize o co-desenvolvimento econômico, o respeito aos direitos humanos e a liberdade de expressão. Não se pode permitir que a globalização, a geopolítica ou o petróleo passem por cima desses pré-requisitos. Oxalá prevaleça o dito atribuído a Muhammad: "a tinta do sábio vale mais que o sangue do mártir".
Trecho extraído de : http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u338745.shtml

Dicas de exercícios

Minha galerinha,"meus filhos"estou indicando este site para treinar os seus conhecimentos pois gostei muito...http://www.vestibular1.com.br/
Eu aprovei a area de História,quando não estiverem fazendo nada e estiverem a fim de exercitar sintam-se à vontade,beijos

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mais sobre a India...
A economia da Índia é a 10º maior economia do mundo. O PIB do país, em 2007, chegou à casa dos U$800 bilhões, com um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. A economia indiana é a 2ª que mais cresce no mundo. Contudo, a desigualdade social no país, ao invés de diminuir, aumenta cada vez mais. O PIB per capita da população indiana, em 2007, foi de U$2,700. A taxa de inflação foi de 5,9% ao ano em 2007.O principal responsável pelo crescimento econômico na Índia é o setor de serviços, embora seja o setor agrícola o responsável por 3 em cada 5 empregos no país. Contudo, o índice de desemprego na Índia foi de 7,2% em 2007.Os produtos agrícolas mais comuns são: arroz, trigo, algodão, chá, cana-de-açúcar, juta, sementes oleaginosas, especiarias, legumes e verduras. A criações de aves, cabras, ovelhas, búfalos e peixes também são bem comuns na Índia.O principal produto de mineração é o minério de ferro, embora sejam explorados também: carvão, diamante, cromita e asfalto natural.O setor industrial na Índia está cada vez mais diversificado. As áreas que mais se desenvolvem são as seguintes: aço, equipamentos e máquinas, cimento, alumínio, fertilizantes, têxteis, juta, biotecnologia, produtos químicos, softwares e medicamentos.A indústria cinematográfica da Índia merece destaque. O país é o que mais produz filmes anualmente. A indústria cinematográfica do país é chamada de Bollywood, em referência a cidade de Bombaím, (antiga Mumbai) e a Hollywood (berço da indústria cinematográfica norte-americana). O nome utilizado não faz jus a todas as produções de cinema da Índia, pois nem todos os filmes são produzidos em Bombaím. A economia da Índia passou a crescer após as reformas econômicas que ocorreram em 1991. Desde então, os níveis de pobreza, desnutrição e o analfabetismo históricos no país, estão diminuindo lentamente, embora permaneçam muito altos.Apesar do grande desenvolvimento econômico da Índia nos últimos anos, o governo continua gastando mais do que arrecada, o que aumenta a dívida externa do país. Além disso, o rápido crescimento da população resulta em maior necessidade de investimentos sociais, ambientais e econômicos por parte do governo. A Índia já pode ser considerada uma potência em sua região e é apontada como capaz de se tornar uma das grandes potências mundiais do século XXI.
A religiosidade
Mas nem tudo é hinduísmo na Índia. O seu maior cartão postal, o Taj Mahal, é uma construção muçulmana, um monumento ao amor, foi construido pelo rei para sua amada que morreu prematuramente. É uma das maravilhas do mundo, feito com mármore branco e ricamente decorado com pedras preciosas.
O Islamismo é fundamentado sobre a crença de que a existência humana é submissão - Islãm - e devoção a Allah, Deus onipotente. Para os muçulmanos, a sociedade humana não tem valor em si, mas o valor dado por Deus. A vida não é uma ilusão, e sim uma oportunidade de bênção ou penitência. Para guiar a humanidade, Deus deu aos homens o Corão, livro revelado através do Anjo Gabriel, ao seu mensageiro, o Profeta Maomé, por volta do ano 610 DC. Um século depois, houve a grande invasão a Sind, que hoje está fora da Índia, na região do Paquistão, onde a língua Urdu, introduzida naquela época na região, permanece até hoje. Devido a fatores políticos, o Islamismo se espalhou pelo norte e hoje temos um grande crescimento dos seguidores do Islãm por toda a Índia.
O Budismo também se faz presente, já que a Índia é a terra onde nasceu Buda, e onde tudo começou. No tempo do Imperador Ashok, o grande rei unificador da nação indiana, a maior parte se converteu ao Budismo, que alguns chamam de filosofia e não religião, pois não existe adoração a Deus e o ser humano é levado a conquistar a paz interior pelo caminho do meio, ou seja, o equilíbrio. O sofrimento é causado pelo desejo e a prática da meditação é usada para aquietar a mente e procurar atingir o Nirvana, o estado de perfeita paz. As mais impressionantes representações do Budismo da época áurea se encontram nas cavernas de Ajanta e Ellora, em Aurangabad. Esta última consiste em templos e monastérios erguidos pelos monges budistas, hinduístas e jainistas e contam a história das três religiões.
A vida do indiano é dividida em quatro fases, e essa divisão se chama Ashrama: a infância, a juventude, que é absolutamente devotada aos estudos, não existe namoro nesta fase; o tempo de se constituir família, que é pela tradição arranjada pelos pais, hábito que está caindo em desuso com os tempos modernos; e a velhice, dedicada à realização espiritual. Tal modo de vida mostra a grande importância dada ao conhecimento, e um grande número de indianos, apesar do alto índice populacional do país, e da pobreza que é conseqüencia disso, tem escolaridade e fala mais de uma língua.
Os textos de Atualidades serão sempre postados aqui...
Índia e Paquistão eram, até 1947, um só país: a Índia imperial, dominada pelos britânicos desde o século XIX. Um país grandioso, a entrada para o Oriente, com, literalmente, um oceano de possibilidades. Explorada e pilhada como é de regra com os domínios coloniais, a Índia imperial reprimia com força toda e qualquer tentativa de independência. Milhares e milhares foram mortos ao longo das décadas.Um homem, no entanto, ousou resistir. Mohandas Gandhi, chamado de Mahatma, a grande alma.Gandhi, após mais de três décadas de luta pela independência, conseguiu o seu objetivo. Em 1947, a Índia ganhou a sua liberdade, e começou a sua história como um dos poucos países democráticos naquela parte do mundo.Gandhi ganhou a independência, mas não ganhou um de seus maiores objetivos. Queria um país unido, com Hindus e Muçulmanos vivendo, trabalhando e crescendo juntos. Pregava uma democracia multicultural e multiracial. Foi vencido pelo ódio religioso.
A Índia foi partida. Os Hindus permaneceram na Índia. A grande maioria dos Muçulmanos formou o Paquistão.Hoje a Índia, de maioria Hindu, tem a segunda maior população do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes. Sua economia é uma das quinze primeiras e em plena ascensão. Seu governo democrático possui boas relações com gigantes como os EUA, a China, a Alemanha e o Brasil.O Paquistão, separado de sua irmã há seis décadas, hoje é um dos países mais violentos de que se tem notícia. Uma ditadura impiedosa. Foco do terrorismo. Ninho do fundamentalismo. Um país em que a grande maioria da população vive na miséria. Atrai moradores "ilustres" como Osama bin Laden.Mahatma, onde quer que esteja, deve estar vendo tudo isso e pensando que tinha razão. Mais uma vez.
A crise econômica global que assusta a todos nós na atualidade não é nova. As suas raízes estão no início dessa década, com dois eventos: a queda do setor .com e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.Naquela época, com a sua economia fragilizada, o governo dos Estados Unidos reduziu os juros, o que é uma forma usada para se incentivar o consumo. Com juros menores, as pessoas compram e financiam mais, e a economia ganha força.Os americanos, aos milhões, tiraram proveito dos juros baixos para financiar casas e apartamentos. As suas dívidas aumentaram consideravelmente. A situação econômica era estável, e todos esperavam poder pagar os compromissos sem maiores problemas.Pois a situação econômica foi piorando, a inflação aumentou, e os juros tiveram que ser aumentados pelo governo. Os financiamentos, muitas vezes, tinham juros variáveis, fazendo com que pessoas que financiaram com juro baixo tivessem que, agora, pagar um juro mais alto.Essa situação atingiu, em especial, os consumidores "sub-prime", justamente pessoas de baixa renda, com histórico de mau pagamento e uma vida financeira instável.Essas pessoas deixaram, aos milhões, de pagar os seus empréstimos. Com isso, as financiadoras da casa própria foram atingidas. Essas financiadoras, por sua vez, não pagaram os bancos, que também foram atingidos. Logo, companhias seguradoras, outros bancos e o mercado da bolsa de valores estavam, todos, envolvidos na crise.A crise tem muitos culpados. Consumidores iludidos com a situação financeira do país e que tomaram empréstimos que não poderiam pagar. Financiadoras que cobraram juros bem maiores que os de mercado para emprestar para quem não tinha histórico de bom pagamento. O governo central, que deixou a situação rolar sem interferir.Em um mundo globalizado, consumidores, empresas, governos e mercados estão, todos, interligados. Isso pode ser para o bem ou para o mal de todos. Nesse caso, todos nós saímos prejudicados com a ganância dos bancos norte-americanos.O Brasil, por fim, perde muito com a crise. Os juros bancários aumentam, a bolsa cai, o dólar sobe e o nosso país sofre. Esperamos que nem muito e nem por muito tempo.
Por ser professora de Historia pensei neste blog como um local para postar textos e conversarmos sobre temas referentes as aulas,é meu mas a casa é sua...