quarta-feira, 25 de março de 2009

Mais sobre a India...
A economia da Índia é a 10º maior economia do mundo. O PIB do país, em 2007, chegou à casa dos U$800 bilhões, com um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. A economia indiana é a 2ª que mais cresce no mundo. Contudo, a desigualdade social no país, ao invés de diminuir, aumenta cada vez mais. O PIB per capita da população indiana, em 2007, foi de U$2,700. A taxa de inflação foi de 5,9% ao ano em 2007.O principal responsável pelo crescimento econômico na Índia é o setor de serviços, embora seja o setor agrícola o responsável por 3 em cada 5 empregos no país. Contudo, o índice de desemprego na Índia foi de 7,2% em 2007.Os produtos agrícolas mais comuns são: arroz, trigo, algodão, chá, cana-de-açúcar, juta, sementes oleaginosas, especiarias, legumes e verduras. A criações de aves, cabras, ovelhas, búfalos e peixes também são bem comuns na Índia.O principal produto de mineração é o minério de ferro, embora sejam explorados também: carvão, diamante, cromita e asfalto natural.O setor industrial na Índia está cada vez mais diversificado. As áreas que mais se desenvolvem são as seguintes: aço, equipamentos e máquinas, cimento, alumínio, fertilizantes, têxteis, juta, biotecnologia, produtos químicos, softwares e medicamentos.A indústria cinematográfica da Índia merece destaque. O país é o que mais produz filmes anualmente. A indústria cinematográfica do país é chamada de Bollywood, em referência a cidade de Bombaím, (antiga Mumbai) e a Hollywood (berço da indústria cinematográfica norte-americana). O nome utilizado não faz jus a todas as produções de cinema da Índia, pois nem todos os filmes são produzidos em Bombaím. A economia da Índia passou a crescer após as reformas econômicas que ocorreram em 1991. Desde então, os níveis de pobreza, desnutrição e o analfabetismo históricos no país, estão diminuindo lentamente, embora permaneçam muito altos.Apesar do grande desenvolvimento econômico da Índia nos últimos anos, o governo continua gastando mais do que arrecada, o que aumenta a dívida externa do país. Além disso, o rápido crescimento da população resulta em maior necessidade de investimentos sociais, ambientais e econômicos por parte do governo. A Índia já pode ser considerada uma potência em sua região e é apontada como capaz de se tornar uma das grandes potências mundiais do século XXI.
A religiosidade
Mas nem tudo é hinduísmo na Índia. O seu maior cartão postal, o Taj Mahal, é uma construção muçulmana, um monumento ao amor, foi construido pelo rei para sua amada que morreu prematuramente. É uma das maravilhas do mundo, feito com mármore branco e ricamente decorado com pedras preciosas.
O Islamismo é fundamentado sobre a crença de que a existência humana é submissão - Islãm - e devoção a Allah, Deus onipotente. Para os muçulmanos, a sociedade humana não tem valor em si, mas o valor dado por Deus. A vida não é uma ilusão, e sim uma oportunidade de bênção ou penitência. Para guiar a humanidade, Deus deu aos homens o Corão, livro revelado através do Anjo Gabriel, ao seu mensageiro, o Profeta Maomé, por volta do ano 610 DC. Um século depois, houve a grande invasão a Sind, que hoje está fora da Índia, na região do Paquistão, onde a língua Urdu, introduzida naquela época na região, permanece até hoje. Devido a fatores políticos, o Islamismo se espalhou pelo norte e hoje temos um grande crescimento dos seguidores do Islãm por toda a Índia.
O Budismo também se faz presente, já que a Índia é a terra onde nasceu Buda, e onde tudo começou. No tempo do Imperador Ashok, o grande rei unificador da nação indiana, a maior parte se converteu ao Budismo, que alguns chamam de filosofia e não religião, pois não existe adoração a Deus e o ser humano é levado a conquistar a paz interior pelo caminho do meio, ou seja, o equilíbrio. O sofrimento é causado pelo desejo e a prática da meditação é usada para aquietar a mente e procurar atingir o Nirvana, o estado de perfeita paz. As mais impressionantes representações do Budismo da época áurea se encontram nas cavernas de Ajanta e Ellora, em Aurangabad. Esta última consiste em templos e monastérios erguidos pelos monges budistas, hinduístas e jainistas e contam a história das três religiões.
A vida do indiano é dividida em quatro fases, e essa divisão se chama Ashrama: a infância, a juventude, que é absolutamente devotada aos estudos, não existe namoro nesta fase; o tempo de se constituir família, que é pela tradição arranjada pelos pais, hábito que está caindo em desuso com os tempos modernos; e a velhice, dedicada à realização espiritual. Tal modo de vida mostra a grande importância dada ao conhecimento, e um grande número de indianos, apesar do alto índice populacional do país, e da pobreza que é conseqüencia disso, tem escolaridade e fala mais de uma língua.
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Índia e Paquistão eram, até 1947, um só país: a Índia imperial, dominada pelos britânicos desde o século XIX. Um país grandioso, a entrada para o Oriente, com, literalmente, um oceano de possibilidades. Explorada e pilhada como é de regra com os domínios coloniais, a Índia imperial reprimia com força toda e qualquer tentativa de independência. Milhares e milhares foram mortos ao longo das décadas.Um homem, no entanto, ousou resistir. Mohandas Gandhi, chamado de Mahatma, a grande alma.Gandhi, após mais de três décadas de luta pela independência, conseguiu o seu objetivo. Em 1947, a Índia ganhou a sua liberdade, e começou a sua história como um dos poucos países democráticos naquela parte do mundo.Gandhi ganhou a independência, mas não ganhou um de seus maiores objetivos. Queria um país unido, com Hindus e Muçulmanos vivendo, trabalhando e crescendo juntos. Pregava uma democracia multicultural e multiracial. Foi vencido pelo ódio religioso.
A Índia foi partida. Os Hindus permaneceram na Índia. A grande maioria dos Muçulmanos formou o Paquistão.Hoje a Índia, de maioria Hindu, tem a segunda maior população do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes. Sua economia é uma das quinze primeiras e em plena ascensão. Seu governo democrático possui boas relações com gigantes como os EUA, a China, a Alemanha e o Brasil.O Paquistão, separado de sua irmã há seis décadas, hoje é um dos países mais violentos de que se tem notícia. Uma ditadura impiedosa. Foco do terrorismo. Ninho do fundamentalismo. Um país em que a grande maioria da população vive na miséria. Atrai moradores "ilustres" como Osama bin Laden.Mahatma, onde quer que esteja, deve estar vendo tudo isso e pensando que tinha razão. Mais uma vez.
A crise econômica global que assusta a todos nós na atualidade não é nova. As suas raízes estão no início dessa década, com dois eventos: a queda do setor .com e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.Naquela época, com a sua economia fragilizada, o governo dos Estados Unidos reduziu os juros, o que é uma forma usada para se incentivar o consumo. Com juros menores, as pessoas compram e financiam mais, e a economia ganha força.Os americanos, aos milhões, tiraram proveito dos juros baixos para financiar casas e apartamentos. As suas dívidas aumentaram consideravelmente. A situação econômica era estável, e todos esperavam poder pagar os compromissos sem maiores problemas.Pois a situação econômica foi piorando, a inflação aumentou, e os juros tiveram que ser aumentados pelo governo. Os financiamentos, muitas vezes, tinham juros variáveis, fazendo com que pessoas que financiaram com juro baixo tivessem que, agora, pagar um juro mais alto.Essa situação atingiu, em especial, os consumidores "sub-prime", justamente pessoas de baixa renda, com histórico de mau pagamento e uma vida financeira instável.Essas pessoas deixaram, aos milhões, de pagar os seus empréstimos. Com isso, as financiadoras da casa própria foram atingidas. Essas financiadoras, por sua vez, não pagaram os bancos, que também foram atingidos. Logo, companhias seguradoras, outros bancos e o mercado da bolsa de valores estavam, todos, envolvidos na crise.A crise tem muitos culpados. Consumidores iludidos com a situação financeira do país e que tomaram empréstimos que não poderiam pagar. Financiadoras que cobraram juros bem maiores que os de mercado para emprestar para quem não tinha histórico de bom pagamento. O governo central, que deixou a situação rolar sem interferir.Em um mundo globalizado, consumidores, empresas, governos e mercados estão, todos, interligados. Isso pode ser para o bem ou para o mal de todos. Nesse caso, todos nós saímos prejudicados com a ganância dos bancos norte-americanos.O Brasil, por fim, perde muito com a crise. Os juros bancários aumentam, a bolsa cai, o dólar sobe e o nosso país sofre. Esperamos que nem muito e nem por muito tempo.
Por ser professora de Historia pensei neste blog como um local para postar textos e conversarmos sobre temas referentes as aulas,é meu mas a casa é sua...