sábado, 14 de maio de 2011

Material para estudo do teste 16/05 Observem que existem várias postagens sobre o assunto.Aproveitem assistam o vídeos e leia o texto e boa sorte!

Brasil - Império (Parte 1)

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DOM PEDRO I - 1808, a Corte no Brasil (série GloboNews)

Assunto do Teste II unidade 2011/Parte 1


Brasil: Revoltas Anticoloniais

Lutar pela independência !!!!

Durante três séculos, o sistema colonial trouxe vantagens para os grandes proprietários de terras e escravos no Brasil. Gozaram da proteção do Estado português e dos privilégios exclusivos mercantilistas, estabeleceram fortes vínculos comerciais com a África. Até que a situação do Brasil e de Portugal começou a mudar.
No final do século XVIII, a economia do Brasil colonial estava em crise.As minas de ouro estavam se esgotando e produziam cada vez menos. Os produtos agrícolas exportados pelo Brasil (açúcar, tabaco, algodão) não compensavam o declínio da mineração porque os preços internacionais da época estavam baixos. A colonização do Brasil é que mantinha estável a situação econômica de Portugal. As riquezas arrancadas do Brasil sustentaram o luxo da nobreza e as contas do Estado. A Colônia tinha crescido muito e agora precisava andar com os próprios pés. Pessoas de quase todas as condições murmuravam com os amigos: “A Europa inteira fala em liberdade dos povos. Nas Treze Colônias inglesas a liberdade acaba de triunfar.Agora, temos que fazer a nossa parte!”. A revolta contra a opressão colonial não era exclusiva dos Estados Unidos.

As Ideias que vieram de fora

Você sabia que não havia curso superior no Brasil?. Quem quisesse fazer faculdade tinha que ir para a Europa, geralmente para Coimbra (Portugal) ou Paris (França).Os rapazes gostavam da vida universitária, afinal, conheciam um pedaço da Europa e uma parte importante da vida. A maioria dos estudantes brasileiros tinha duas paixões:uma linda francesinha e os livros dos filósofos iluministas.
No Brasil não havia imprensa.Os livros precisavam ser importados da Europa.Mas o governo português barrava qualquer publicação que tivesse ideias “abomináveis”.Só que a proibição não era obedecida.Os livros proibidos entravam escondidos e eram passados de mão em mão entre as pessoas mais instruídas,quase todos da elite colonial.
As ideias iluministas de liberdade, de direito dos povos se rebelarem contra a justiça, de ataque aos governos opressores se encaixavam perfeitamente no Brasil.Baseadas nessas ideias, algumas pessoas começaram a se reunir secretamente. Debatiam a situação colonial e sonhavam com a criação de um país independente.
Dois movimentos conquistaram uma força simbólica ao longo de nossa história, embora não tivesse provocado nenhuma grande crise no poder colonial: As rebeliões em Minas Gerais (1789) e na Bahia (1789).

A Conjuração Mineira (1789)

A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da História do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade, contra a opressão do governo português no período colonial. Ocorreu em Minas Gerais no ano de 1789, em pleno ciclo do ouro. Portugal cobrava muitos impostos nas áreas de mineração do Brasil, para piorar as coisas, a metrópole determinou que a colônia deveria pagar, todos os anos, pelo menos sem arrobas de ouro puro.Mas no final do século XVIII, já não havia tanto ouro no Brasil, a colônia não conseguia pagar o mínimo de cem arrobas anuais,sempre ficava devendo uma diferença que ia se acumulando ano após ano.
            A grande questão era que o governo colonial poderia cobra a derrama a qualquer momento, que era a cobranças desses impostos em atraso. A palavra derrama causava grande medo e ódio nos colonos, pois não sabiam quando o imposto seria cobrado,e ficavam imaginando os fiscais acompanhados de soldados chegando de surpresa na cidade, invadindo as casas e tomando tudo que houvesse de valor.
            Pairava um espírito sufocador da coroa portuguesa sobre a colônia, todos se perguntavam “Será que isso não vai acabar?”. As faíscas da conspiração começaram a se acender em Minas Gerais, destemidos ou desesperados ilustrados, com dividas impagáveis, começaram a se reunir secretamente. Quase todos pertencentes à elite mineira, donos de escravos, proprietários de minas e de grandes rebanhos de gado, juízes, médicos ,padres e coronéis. Nomes como Tomás Antonio Gonzaga,Cláudio Manuel da Costa entre outros.O único que não era de origem nobre era Joaquim José da Silva Xavier, apelidado Tiradentes, que tinha origens humildes.
            Existia uma diversidade de motivos para a revolta, o primeiro deles seria referente às grandes dividas com a coroa. O segundo seria em relação com o governo de Minas Gerais, a aquém acusavam de corrupto e de favorecer somente a amigos. Dentre esses e outros motivos, estavam inspirados por ideias iluministas, e pela recente independência dos Estados Unidos. Ousaram sonhar com um novo país, livre da coroa portuguesa.
            Os Inconfidentes de minas fizeram uma porção de projetos a serem implementados após a independência, um exemplo seria a criação de uma grande universidade em Vila Rica (Ouro Preto), e também o estimulo a criação de manufaturas de tecidos e metais.além das ideias nacionalistas ( e protecionista).

A Derrota do Movimento.

Os impostos atrasados chegavam a nove mil quilos de ouro! Os inconfidentes planejavam iniciar a revolta contra a coroa portuguesa justamente no dia da cobrança da derrama. Eles contavam que nestas condições teriam o total apoio da população, mais infelizmente eles foram traídos, o coronel Joaquim Silvério dos Reis junto de dois colegas delatou ao governador a existência dom movimento, em troca do perdão de suas dividas.
Posterior ao recebimento das informações, as autoridades coloniais ordenaram o aprisionamento dos envolvidos.Tiradentes se refugiou no Rio de Janeiro mais foi capturado, na cadeia foi torturado, como era de costume no antigo regime, mesmo torturado não delatou nenhum de seus companheiros.Os inconfidentes ficaram quase três anos na prisão, aguardando o veredicto da rainha Dona Maria I. Alguns ficaram mais tempo na prisão, outros foram exilados na Angola, sem direito de voltar ao Brasil.
Existe uma questão instigante dentro das condenações, o por que de Tiradentes ser o único a ser condenado a morte? É óbvio que a coroa sabia que o Tiradentes não era realmente o líder do movimento. Nenhum dos homens ricos da colônia, educados na Europa, sofisticados, aceitaria ser comandados por uma pessoa sem cargo de destaque, que nunca esteve em uma faculdade. Então por que Tiradentes? Vamos pesar um pouco... Tiradentes era o único pobre do grupo, logo ele deveria ser enforcado para dar exemplo a “ralé”.Sua execução aconteceu no Rio de Janeiro em 1792. Em seguida, seu corpo foi retalhado e salgado.Cada pedaço foi exposto em praça pública, para advertir qualquer tentativa de revolta.

As transformações para a independência 

A transferência da Corte para o Brasil


O início do processo de independência do Brasil foi influenciado por algo que aconteceu fora do Brasil. Estamos falando das guerras napoleônicas, em 1806, o imperador francês Napoleão Bonaparte anuncio o bloqueio continental á Inglaterra.Qualquer país europeu que mantivesse o comércio com a Inglaterra teria a invasão de seu território, diante deste ultimato, o governo português estava em maus lençóis, se mantivesse o comércio com a Inglaterra teria seu território invadido pelos franceses, e se obedecesse as ordens de Bonaparte perderia o Brasil para a Inglaterra.
Dom João o príncipe-regente tentou manobras para tentar manter relações com os dois lados, ele parecia endurecer com os ingleses fechando seus portos, mas negociava nos bastidores com os mesmos.O príncipe em seu ultimo esforço, mandou prender todos os ingleses residentes em Lisboa, mas não deteve a iniciativa de invasão dos franceses, que já estavam a caminho de Portugal.
O pavor tomou toda a corte portuguesa,todos temiam a invasão francesa. Em uma ultima tentativa de acordo com os portugueses, os representantes do governo inglês que estavam em Portugal propuseram um acordo salvador: eles escoltariam a família real e a nobreza até o Brasil, porém Dom João teria que firmar um contrato secreto com o governo inglês, para que os portos brasileiros ficassem livres para a Inglaterra.
Essa ideia de transferência da corte para o Brasil não era uma novidade, mas os portugueses foram pegos de surpresa.Então escoltados pelos ingleses, milhares de nobres se aglomeraram nos navios, não antes de saquear o ouro das igrejas e o tesouro nacional.

Leitura complementar:


Dissolução do Monopólio

Posterior a chegada da família real a colônia, Dom João decretou a abertura dos portos (1808) a Inglaterra e seus aliados,e esses países poderiam ter um comercio direto com o Brasil. Esta abertura dos portos, significava o “fim do pacto colonial”, mas o Brasil só teve sua emancipação de Portugal em 1822. Mas a principal característica da colônia, o monopólio, passou a se extinguir desde então.
Dom João assina o tratado de comércio, em 1808, firmando assim uma aliança com a Inglaterra.Esses tratados de 1808, deixavam explicito o favorecimento dos britânicos, as taxas alfandegárias paras os produtos ingleses giravam em torno de 15% em cima do preço do produto. Já para os outros países era de 24% o valor do imposto, e para Portugal era cobrado 16%, percebemos que os portugueses pagavam mais impostos que os ingleses, logo quem realmente queria mandar no Brasil? Mas deixaremos isso para outra hora.
Para melhor compreendermos essa tais tarifas, vale lembrar que D. João anulou o Alvará de 1785, de D. Maria, que proibia a criação de qualquer manufatura em terras brasileiras. O príncipe com essa iniciativa, queria facilitar o desenvolvimento das manufaturas na colônia, porém em uma colônia onde a base do trabalho era escravista, e possuía uma estrutura social onde o mais importante era possuir terras do que obter lucros cada vez mais altos, e com essas condições seria muito difícil o desenvolvimento das manufaturas. E outro grande empecilho para o desenvolvimento das manufaturas foi à abertura dos portos de 1808, pois a Inglaterra estava em pleno desenvolvimento industrial, produzia mais com menos, e ao seu lado estavam as baixas tarifas alfandegárias. Deixando as pequenas manufaturas brasileiras sem mercado.
Após a chegada da corte no Brasil, o porto do Rio de janeiro estava em uma enorme confusão. Vinha para cá uma diversidade de produtos ingleses, produtos de todos os tipos: tecidos de algodão, metal, lã, linho, chumbo, armas, sapatos, entre outros.O Brasil estava amarrado a economia inglesa, perceba outra coisa importante: Os ingleses nos vendiam muito mais do que nós a eles. Na realidade é que as suas colônias produziam a maioria dos produtos de nossa exportação, e com a balança comercial desfavorável, o Brasil pagava seus débitos com dinheiro emprestado de banqueiros europeus, pagando assim juros altíssimos.