sábado, 12 de dezembro de 2009

"A experiência é uma escola onde são caras as lições, mas em nenhuma outra os tolos podem aprender"
Benjamim Franklin

2 comentários:

  1. Fazer política é passar do sonhos às coisas, do abstrato ao concreto. A política é o trabalho efetivo do pensamento social: a política é a vida. Admitir uma quebra de continuidade entre a teoria e a prática, abandonar os realizadores a seus próprios esforços, ainda que concedendo-lhes uma cordial neutralidade, é renunciar à causa humana. A política é a própria trama da história.
    a vida A história, fazem-na os homens possuídos e iluminados por uma crença superior, por uma esperança sobre-humana; os demais constituem o coro anônimo do drama.
    José Carlos Mariátegui

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  2. José Carlos Mariátegui, nasceu em 14 de junho de 1894, em Moquegua, Peru, seus pais: Javier Francisco Mariátegui y Requejo e Maria Amalia La Chira Ballejos. Em 1909, com 15 anos de idade começa a trabalhar como entregador, linotipista e corretor de provas no jornal La Prensa. Dois anos após ingressar no jornal, envia anonimamente um um artigo para o editor, que o publica para a surpresa de Mariátegui. A partir de então, passa a trabalhar na redação do jornal. De 1912 a 1916 executa um trabalho essencialmente jornalístico, colaborando com diversas revistas peruanas. Em 1916 torna-se redator-chefe e cronista político do jornal El Tiempo, publicação considerada "liberal", "maximalista" e "bolchevique".

    Em 1918, abandona o pseudônimo de Juan Croniquer e funda juntamente com outros companheiros a revista Nuestra Época, aonde anuncia oficialmente sua mudança de estilo e sua nova posição socialista. Em seguida á criação da revista participa da criação do Comitê de Propaganda e Organização Socialista, que veio a se tornar o primeiro Partido Socialista do Peru.

    Em 14 de maio de 1919, ajuda a fundar o jornal La Razón, que pretendia ser a "voz do povo" peruano, o primeiro periódico independente de esquerda do país. Com o golpe dado por Augusto Leguía em 4 de julho de 1919, La Razón é proibido de circular. Entretanto, Mariátegui não é preso mas sim convidado para ir à Europa "servir" o governo peruano. O golpista Augusto Leguía é viúvo de Julia Swayne y Mariátegui, prima-irmã do pai de Mariátegui. Ao aceitar o "convite" Mariátegui provocou a crítica de uma boa parcela da esquerda peruana. Mesmo atacado e acusado de ter se "vendido" ao ditador, ele vai à Europa, sem criar vínculos ideológicos nem manter nenhum compromisso mais profundo com o governo, retornando ao Peru apenas no ano de 1923.

    Em janeiro de 1924 é preso ao participar de uma reunião entre intelectuais e alunos universitários. Nesta época colaborava intensamente com vários futuros dirigentes da APRA (Alianza Popular Revolucionaria Americana), com estudantes e com líderes do movimento operário.

    Em setembro de 1926, publica o primeiro número da revista Amauta - palavra quéchua que significa sacerdote, sábio. Publicação destinada a divulgar as artes e as idéias socialistas, na qual colaboram os mais importantes intelectuais de vanguarda do Peru, assim como opositores deportados pelo regime de Leguía. Anos mais tarde, o próprio Mariátegui começará a ser chamado também de "Amauta" pelos intelectuias progressistas e socialistas de todo o continente.

    Em 7 de outubro de 1928, após discordar dos rumos tomados pela APRA, Mariátegui ajuda a fundar o Partido Socialista do Peru, tendo sido eleito Secretário-Geral. No iníco de 1929 ajudou a organizar a Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru. Faleceu a 16 de abril de 1930. (fonte: José Carlos Mariátegui e o marxismo, in "Do sonho às coisas", Boitempo Editorial)

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